https://amaezonia.com Tue, 31 Jul 2018 10:31:41 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.9.8 https://amaezonia.com/wp-content/uploads/2018/03/NovaAmãezóniaHeaderOK-07-150x150.png AMÃEZÓNIA https://amaezonia.com 32 32 Este gelado de chocolate é delicioso e saudável https://amaezonia.com/2018/07/31/gelado-de-chocolate-delicioso-e-saudavel/ Tue, 31 Jul 2018 10:30:01 +0000 https://amaezonia.com/?p=4245 Gelado de chocolate saudável e delicioso? Sim, é possível. Palavra de pessoa que não vive sem gelados e tem uma bela barriga para perder.

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]]> gelado de chocolate saudável
Topem bem esta categoria de gelado de chocolate

Texto e foto: Diana

Gelado de chocolate. Gelado de chocolate. Gelado de chocolate. Não há quase nada melhor. Minto. Não há mesmo nada melhor. Vai daí e inventei um que posso comer à vontade sem me sentir culpada e sem contribuir (muito) para o aumento da minha barriga arruinada de pessoa que teve a segunda filha há menos de 3 meses.

A ideia era que os gelados fossem para a mais velha, mas dei por mim a comer um por dia, de tão bons que são. Um sabor intenso a chocolate, pepitas de chocolate, uma certa cremosidade. Juro. E hoje, em jeito de despedida para o verão (vamos de férias no mês de agosto), deixo-vos a receita para experimentarem em casa e, se quiserem, partilharem com os miúdos. Se isto não é ser fixe, não sei o que é.

Ingredientes:

Meia lata de leite de côco (biológico)

Três colheres de sobremesa de cacau bio em pó (bem cheias)

Uma chávena de bebida vegetal (eu usei de aveia) ou de leite

Três colheres de sobremesa de açúcar de côco ou de xarope de tâmara (ou outra coisa do género)

Pepitas de chocolate negro, pelo menos 70% cacau.

Juntem tudo numa misturadora ou bimby – menos as pepitas – e façam um belo batido. Provem. Retifiquem ingredientes a gosto. Ponham a mistura nas forminhas de gelado, deitem pepitas de chocolate para dentro de cada forminha e congelador com elas.

Boas férias!

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]]> Não se pode confiar em bebés – palavra de honra https://amaezonia.com/2018/07/31/nao-se-pode-confiar-nos-bebes/ Tue, 31 Jul 2018 10:25:50 +0000 https://amaezonia.com/?p=4198 Confiar em bebés é perigoso e francamente ingénuo. A Diana acreditou que sua nova filha era uma bebé super fixe e enganou-se. Ou melhor, a miúda enganou-a.

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Fotografia: Luma Pimentel

Texto: Diana

Confiar em bebés é como acreditar que o crocodilo não nos vai morder só porque é pequenino. Lembro-me quando a minha filha mais nova era uma bebé fixe. Dormia, era calma e pacífica, um anjo de criatura. Lembro-me como se fosse hoje – foi há uma semana. Com os dois meses de vida tornou-se um ser que à hora das bruxas é possuída por um espírito maligno que lhe abana os braços e as pernas descontroladamente como se repente estivesse a dançar ao som do primeiro álbum de Marilyn Manson, mas com uma estranha noção de ritmo.

Ela chora, berra, fica vermelha como aquele miúdo espanhol do livro do Asterix que prendia a respiração quando não lhe faziam as vontades. Abre aquela boca desdentada e aqui vai disto, uma dose insuportável do pior som para a humanidade no geral e para mães em licença de maternidade em articular: o choro de um bebé.

Ora o choro do bebé foi concebido para que os homens das cavernas não se esquecessem das suas crias, nem quando mudavam de gruta, nem quando eram horas de os alimentar. Havia muitos perigos e o instinto de sobrevivência sempre foi mais forte.

Hoje em dia esse instinto continua bem vivo e o é cérebro incapaz de lidar com o choro de um bebé de forma racional. Aquele som horrível faz disparar um alarme desesperado que grita: cala-me isso imediatamente, dá-lhe tudo o que ele quiser.

Acontece que às vezes os bebés não querem nada em especial, apenas berrar porque estão enervadíssimos e obrigar os pais a pegar-lhes ao colo e a nunca parar de andar, nem um segundo, sob pena de mais gritaria. Ser bebé deve ser horrível para eles mesmos, mas ao menos não se vão lembrar de nada. Já eu temo cada tarde como tenho pavor de uma praga de gafanhotos.

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]]> Quando é que as crianças começam a brincar sozinhas? https://amaezonia.com/2018/07/25/quando-e-que-as-criancas-comecam-a-brincar-sozinhas/ Wed, 25 Jul 2018 07:00:35 +0000 https://amaezonia.com/?p=4217 Quando é que as crianças começam a brincar sozinhas? É a pergunta que todos os pais fazem quando já não aguentam brincar com os filhos (estamos solidárias). A nossa especialista responde.

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Fotografia: Daiga Ellaby

Brincar tem que se lhe diga. Há brincadeiras com bonecos, com bolas e desporto no geral, há acrobacias, jogos e puzzles, pinturas e colagens, construções e afins. Seria de esperar que todos os miúdos os soubessem (e quisessem) fazer, mas não é bem assim. Há crianças que não sabem brincar sozinhas, não dando aos pais aqueles momentos de descanso tão bom que todos precisamos.

Em vez de se entreterem sozinhos com todas as coisas que têm no quarto, querem que nós os acompanhemos – coisa que não nos lembramos de os nossos pais terem feito connosco. Mas então porque raio isto acontece? Maria Portugal, psicóloga infantil, explica.

A capacidade para brincar existe desde sempre. O bebé brinca quando faz bábábábá continuamente, brinca-se ao esconde-esconde, ao está – já não está, desde muito cedo.  Brincar é uma experiência não utilitária, rege-se pela espontaneidade e autenticidade de quem a faz e no prazer que provoca. Para a criança, o brincar é fulcral pois é assim que experimenta o mundo, porque para as crianças, agir, pensar e fantasiar, não sendo a mesma coisa, são inseparáveis. E esta “aprendizagem” através do brincar dá lugar ao sentir e ao reflectir, tão importantes para a vida.

A brincadeira exige reciprocidade? Sim, no sentido em que é o prazer de brincar com o outro que vai dar lugar ao prazer de brincar sozinho. Sim, porque eu só consigo brincar sozinho porque sei que existe um outro com quem poderei brincar. É como se precisássemos de aprender a brincar com outro para podermos brincar depois sozinhos.

Então é preciso brincar sempre com as crianças /com os nossos filhos?

Sempre não, mas às vezes sim. Só que este às vezes tem de ser autêntico. Tem de haver essa vontade de brincar e não tem necessariamente de ser a brincadeira que a criança escolhe, podemos juntos criar a nossa brincadeira, adaptando-nos um pouco ao que a criança gosta e fazendo com que ela se adapte também. Em suma, brinco quando me apetece mesmo brincar, ao que me apetece mesmo, porque gosto mesmo de brincar, se não não é brincar, é fazer uma actividade ou outra coisa qualquer! E este último ponto do gostar é muito importante: os adultos precisam de ser capazes de brincar para que as crianças sintam que têm permissão (inconsciente) para o fazer também. Podem ser brincadeiras de adultos (anedotas ou piadas, jogos) e até solitárias para que a criança perceba que também se brinca sozinho.

Assim, o que distingue o brincar é o facto de ser autêntico, na espontaneidade do sentir, no prazer que traz. Isto significa que para brincar é necessário estarmos disponíveis (para o fazer), e estar disponível é ter os nossos problemas suficientemente tranquilos para que eles intervenham o mínimo possível naquilo que estamos a fazer, e na nossa relação com os outros.

Nas alturas em que não temos esta disponibilidade para brincar, o que fazer? Quando é preciso entregar um trabalho urgente, arrumar a casa, cuidar do bebé e os filhos não nos largam?

Como já foi dito antes, quanto mais se brinca (com o filho e sozinho) nas alturas em que se está disponível, mais a criança terá a capacidade para brincar sozinha e melhor vai compreender quando lhe dizem: “ Agora não posso brincar contigo, tenho outras coisas para fazer”. É importante ter atenção ao que se diz, não dizer, por exemplo: “quando acabar isto (ou) depois vou brincar contigo”, quando não se tem a certeza de que isso vá acontecer.  A criança vai estar todo o tempo na expectativa de brincar com o outro, tem uma noção do tempo diferente da nossa, e terá mais dificuldade em auto-regular-se e organizar a sua brincadeira sozinha pois vai estar simplesmente à espera desse “depois” em que vão brincar com ela.

Geralmente, “brincar aos crescidos” é muito entusiasmante e uma ideia que pode resultar, dependendo da personalidade da criança e da tarefa que têm em mãos: arranjar brinquedos semelhantes ao material que temos para a casa: vassouras, panos, esfregonas, esponjas, baldes, panelas, legumes (de brincar), frascos, colher de pau, etc.

Podemos sugerir: “Agora não posso brincar contigo, tenho de arrumar a casa. Vais ter de ir para o teu quarto/sala/jardim brincar sozinho. Se quiseres podes fazer como a mãe/pai e brincar às cozinhas/ às arrumações.” Pode-se até inventar em conjunto um nome para esta brincadeira e evocá-lo cada vez que for preciso.

O mesmo é possível quando há um irmão pequeno. Arranjar um boneco/bebé e todos os apetrechos semelhantes aos do irmão: biberão, fraldas, panos, roupa, alguidar para dar banho, um sabonete só para ele, uma toalha só para ele. “Agora vou precisar de estar um pouco com o teu irmão: mudar-lhe a fralda, dar banho, dar de mamar, etc. Não vou poder brincar contigo mas se quiseres podes aproveitar para cuidar do teu bebé e fazer como a mãe.”

Quando nada disto resulta, recorrer às actividades: cadernos de actividades ou para colorir, jogos.

O mais importante é:

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]]> 10 parques infantis incríveis que queremos ter em Portugal https://amaezonia.com/2018/07/18/10-parques-infantis-incriveis-que-queremos-ter-em-portugal/ https://amaezonia.com/2018/07/18/10-parques-infantis-incriveis-que-queremos-ter-em-portugal/#respond Wed, 18 Jul 2018 07:15:25 +0000 https://amaezonia.com/?p=3534 Há uma empresa dinamarquesa que se dedica a transformar em parques infantis os sonhos e devaneios dos putos. Construções em madeira e metal, cheias de coisas para trepar e escorregar, que exploram o lado aventureiro dos miúdos.

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Este parque infantil parece um parque de diversões

Os parques infantis podem ser verdadeiros cenários de terror. Crianças aos gritos, pais a tentar controlar quedas iminentes, algum bullying ao barulho e diversões aborrecidas. As construções dos escorregas são quase sempre iguais, os baloiços são poucos e chatos, as cores são sempre as primárias e o piso varia entre tartan, quando temos sorte,e gravilha para tornar tudo ainda pior.

Portugal não é um país amigo das crianças e de seus pais. Por muito que as velhotas gostem de putos e ninguém olhe para eles como uma chatice quando os levamos a algum lado, não há estruturas públicas (e privadas) suficientes que abracem esta coisa de ter crianças na família.

Faltam parques infantis, faltam diversões fixes ao ar livre (não me falem do Portugal dos Pequenitos com as suas recordações colonialistas e as casinhas onde os putos não têm absolutamente nada para fazer a não ser entrar e sair rapidamente e posar para as fotos dos pais), faltam tantas coisas que agora não temos tempo para enumerá-las todas. Vamos antes ao norte da Europa onde os países se preocupam com os seus cidadãos – não, por favor, não argumentem com a falta de sol.

Há uma empresa dinamarquesa que se dedica a transformar em parques infantis os sonhos e devaneios dos miúdos. Construções em madeira e metal, cheias de coisas para trepar e escorregar, lindas de morrer, que exploram o lado aventureiro dos miúdos, puxa pela criatividade, leva-os para os mundos extraordinários da imaginação e ficam bem em qualquer cidade ou parque verde.

Chama-se Monstrum e faz parques para todo o mundo, do norte da Europa ao Japão, passando pela Rússia.

Escolhemos 10 parques na Europa para que possam planear a próxima viagem tendo em conta a existência destes espaços incríveis.

Clique em qualquer das fotografias para ver a galeria completa.

Linnéparken
Submarino e monstro marinho
Liseberg
Zoológico de Odense
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]]> https://amaezonia.com/2018/07/18/10-parques-infantis-incriveis-que-queremos-ter-em-portugal/feed/ 0 Como deixar de ser uma mãe calma em alguns passos simples https://amaezonia.com/2018/07/18/como-deixar-de-ser-uma-mae-calma-em-alguns-passos-simples/ Wed, 18 Jul 2018 07:00:03 +0000 https://amaezonia.com/?p=4194 A Rita era uma mãe calma e cool até ao dia em que... foi mãe. Agora anda muitas vezes com os nervos em franja e explica porquê.

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Texto e Ilustração: Rita

Quem não sonha com uma maternidade como a que vem nos livros, que parece fácil e super fixe? Durante uma conversa telefónica do tipo terapia-parental, descobri que sempre fui uma mãe calma até ao momento em que, bem, fui mãe.

Mãe calma: Acaba de ter o seu primeiro bebé, o mundo é lindo e às flores, está um pouco abalada pelo parto mas os livros prometem uma vida de sonho;
Mãe em polvorosa: O bebé berra, não dorme, o corpo está esquisito e cansado, dores em todo o lado, o que parecia fácil e lindo afinal é difícil e não está lá ninguém a ajudar;

Mãe calma: Corre tudo sem sobressaltos, a licença de maternidade não é propriamente um período de férias mas o bebé ajuda e dá para manter um sorriso no rosto apesar das cólicas;
Mãe em polvorosa: Como se já não bastasse o bebé não mamar e ter cólicas durante períodos intermináveis, ter de ouvir os palpites das pessoas a dizer o que é o melhor para ela e para o seu bebé é a cereja no topo do bolo. Engole vários sapos e chora quando está sozinha  (Mas hey, não estás sozinha!);

Mãe calma: O bebé é um santo, ri-se a toda a hora e faz sestas incríveis que dão tempo para fazer alongamentos, tomar um banho de imersão e passar um hidratante na pele.  Devia ser sempre assim;
Mãe em polvorosa: As sestas do bebé são mais curtas que o flash de uma máquina fotográfica, não há tempo para tomar banho e com sorte os dentes lavam-se ao pôr-do-sol. Mas quem é que teve esta ideia? 

Mãe calma: Deita o seu bebé às 20h e ele dorme até às 8h da manhã. Nos dias maus chora à meia-noite porque perdeu a chucha;
Mãe em polvorosa: Levanta-se de 20 em 20 minutos acordando precisamente no momento em que acabou de cair no sono profundo porque a criança não consegue dormir. Na melhor das hipóteses ainda não regressou ao trabalho. Quando já regressou os olhos ameaçam saltar das órbitas, no mínimo, e a vontade é de matar alguém a a sangue frio;

Mãe calma: Vai com os miúdos ao parque e eles brincam enquanto ela lê o seu livro favorito no banco do jardim. Os putos trepam às árvores, esfolam-se todos mas o romance é ainda melhor do que ela pensava;
Mãe em polvorosa: Vai para o parque com as crianças, rói-se toda de cada vez que os miúdos fazem equilíbrio na cerca e como se não bastasse estar atenta de cada vez que a sua criança faz um som, também fica em sobressalto cada vez que o filho de outra pessoa faz um som. É de arrancar os cabelos. Sai do parque um bocado mais cansada;

Mãe calma: Os filhos parecem saídos de um conto antigo, brincam com os brinquedos no quarto e no fim arrumam tudo dentro das respectivas gavetas. Bem, mais ou menos, mas aguenta-se;
Mãe em polvorosa: Tem de arrancar os putos da frente da TV porque eles não querem deixar o ecrã e quando finalmente consegue que eles brinquem sossegados no quarto, descobre que pintaram a parede com guache verde alface, cortaram o cabelo ou estão a empilhar cadeiras para se porem à janela;

Mãe calma: Passa vários meses a planear a decoração do quarto da criança e no fim fica tão bonito que parece saído de uma revista internacional.
Mãe em polvorosa: Passa vários meses a planear a decoração do quarto da criança e no fim a criança passa mais tempo no seu quarto que no quarto de sonho que lhe era destinado, porque não quer dormir sozinha. O miúdo passa lá tão pouco tempo que conclui que mais valia ter aproveitado aquela divisão para fazer uma biblioteca, ou um atelier;

Mãe calma: Faz um jantar delicioso com o pai dos miúdos e comem juntos. Quando os putos vão para a cama bebem um copo de vinho e o romance está no ar;
Mãe em polvorosa: Havia planos para fazer um jantar de família espectacular, mas estalou uma birra de cansaço e as coisas saíram um bocado de controlo por isso uma sopa e as sobras de ontem vão ter de servir. Durante o jantar os miúdos decidem que não gostam, vão à casa de banho fazer cocó pelo menos uma vez e precisam de companhia durante 45 minutos para adormecer. Quando o pai volta para a sala nós já adormecemos no sofá e os pratos ficaram na mesa. Mas somos uma família feliz à mesma.

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]]> Aquela vez em que me curei da forma menos feminista possível https://amaezonia.com/2018/07/15/aquela-vez-em-que-me-curei-da-forma-menos-feminista-possivel/ https://amaezonia.com/2018/07/15/aquela-vez-em-que-me-curei-da-forma-menos-feminista-possivel/#respond Sun, 15 Jul 2018 08:00:30 +0000 https://amaezonia.com/?p=3439 Ultrapassar as minhas paranóias, a minha absoluta falta de confiança, que me levava a esconder as mãos com as mangas da camisola porque as achava demasiado grandes foi rápido e simples. Um rapaz.

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Texto: Diana

Deixem-me falar-vos do que é ser uma criança mariquinhas. Introvertida, pronto. Sem confiança. Medrosa. Tímida. Deixem-me  explicar-vos a vontade de vencer o medo e não conseguir. Como aqueles sonhos em que se grita e não sai som. Ninguém percebe, ninguém liga, ninguém é solidário. Dos outros miúdos apenas apontar de dedos e gozo, dos pais fala de paciência e zangas. Não há espaço para miúdos que não se desenmerdam. Não se chegam à frente. Não dizem o que querem, não são capazes sequer de pedir uma porcaria de um sumo no restaurante. “Pede tu”, dizem eles enquanto se encolhem e fazem caras parvas sem dar por isso.

A minha filha é assim: tímida, envergonhada. Não por falta de confiança nela mesma, mas por não gostar de ser o centro das atenções. Só em casa, connosco, ela dá shows de dança e parvoíce infantil. Eu sinto nos músculos do corpo dela o sofrimento e sacrifício que é para ela comunicar com estranhos ou com pessoas fora do círculo pais/avós. Dói-me ter de a obrigar, por vezes, a combater esse mau estar que a envolve, porque a sociedade assim o exige: ninguém gosta de meninas mal educadas que não cumprimentam ninguém.

Fiz um acordo: não precisa de falar, muito menos dar beijinhos, mas tem de acenar com a mão. Parece-me um bom princípio. Basta um rápido cumprimento para reconhecer a presença de outras pessoas. Elas ficam felizes, ela não sofre tanto. Curso de parentalidade nível 0.1 superado.

É que também eu fui assim, mas ainda pior porque foi mais tarde. Eu era tão tímida, tinha tão pouca confiança em mim que passei o 9.º ano sem entrar no bar da escola porque tinha vergonha. Por alguma razão absurda as pessoas envergonhadas acham que o mundo inteiro repara nelas.

Ultrapassar as minhas paranóias, a minha absoluta falta de confiança, que me levava a esconder as mãos com as mangas da camisola porque as achava demasiado grandes e a andar meia curvada para ficar mais pequena – e que me deu uma cervical merdosa, não tenho dúvida – foi rápido e simples. Bastou que um rapaz, o rapaz mais giro da escola, se apaixonasse por mim. Em três tempos um namoro resolveu o que há anos a minha mãe tentava combater. E esta é, provavelmente, a cena menos feminista da minha vida, o acontecimento menos girl power e mais fraquinho que alguma vez tive. Mas no fundo tudo se resume a uma coisa, tão simples e pirosa: às vezes, quase sempre, só precisamos de um pouco de amor.

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]]> https://amaezonia.com/2018/07/15/aquela-vez-em-que-me-curei-da-forma-menos-feminista-possivel/feed/ 0 Cara hidratada, mãe preparada – 5 cremes hidratantes que estão a precisar https://amaezonia.com/2018/07/15/cara-hidratada-mae-preparada/ https://amaezonia.com/2018/07/15/cara-hidratada-mae-preparada/#respond Sun, 15 Jul 2018 07:30:55 +0000 https://amaezonia.com/?p=3392 Encontrar cremes hidratantes perfeitos é mais difícil do que decorar o número de soutien. Por isso mesmo encontrámos 5 cremes de qualidade, sem maus ingredientes, amigos da pele e a preços acessíveis.

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“O meu creme hidratante é incrível, não se nota?”

Encontrar os cremes hidratantes perfeitos é mais difícil do que decorar o número de soutien. Isso e estar sossegada por uma hora quando se tem filhos.

Quando foi a última vez que se fecharam sozinhas na casa de banho, em frente ao espelho, com a vossa música preferida a tocar, enquanto faziam um ritual de beleza? Não se lembram? Nós também não.

Porém, há uma coisa que, por muito pouco tempo que tenhamos, nunca pode faltar: um creme hidratante, de manhã e à noite. E sim, pode ser o mesmo. No inverno um que proteja contra o frio e na primavera/verão um que tenha protetor solar. Ou então apliquem o protetor por cima do creme e não se fala mais nisso. Só mais uma coisinha: antes de aplicar o creme convém lavar a cara, seja com um gel ou sabonete e água fria. Sempre fria, porém, não gelada. Não precisam de ficar com a sensibilidade a 5% durante uns segundos.

Posto isto, fizemos uma seleção de alguns dos nossos favoritos (alguns, temos mais) com a certeza de que são óptimos hidratantes e amigos da pele.

1- Creme Conforto Ligeiro da L’Occitane, 50 ml, 28€. Com manteiga de karité.

2- Celestial, da Lush, 45 gr, 19,95€. Natural e não testado em animais.

3- Daily Renew Natural Face Cream, da Evolve. 30 ml, 18€. Orgânico, não tóxico, vegan e não testado em animais.

4 – Sérum S.O.S. Hidratante da Caudalie, 30 ml, 29,20€. De origem vegetal e sem parabenos.

5- Ultra Facial Cream SPF 30 da Kiehl’s, 28€. Com factor 30 de protecção solar.

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]]> https://amaezonia.com/2018/07/15/cara-hidratada-mae-preparada/feed/ 0 Bolachas de aveia deliciosas: encontrámos a melhor receita, palavra de honra https://amaezonia.com/2018/07/15/bolachas-de-aveia-deliciosas-encontramos-a-melhor-receita-palavra-de-honra/ https://amaezonia.com/2018/07/15/bolachas-de-aveia-deliciosas-encontramos-a-melhor-receita-palavra-de-honra/#respond Sun, 15 Jul 2018 07:30:13 +0000 https://amaezonia.com/?p=3604 Estas bolachas de aveia deliciosas não engordam, não têm glúten, óleo de palma, nem açúcar de cana. Mas são doces e deliciosas. A perfeição, portanto.

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Bolachas de aveia deliciosas e perfeitas? Oh, sim.

Demorou mas conseguimos. Depois de meses a experimentar receitas que envolviam farinhas como a de amêndoa ou de coco (não se metam nisso), xaropes de agave e mel (bolachinhas moles), receitas sem ovos (não resultou), tropeçámos na mãe de todas as receitas de bolachas que os miúdos podem comer à vontade e os pais também, nomeadamente mães grávidas com apetites para doces mas que não podem (ou não querem) engordar muito. Um sonho.

Não engordam, não têm óleo de palma, logo, são amigas do ambiente, não têm farinha de trigo por isso deixa as consciências tranquilas (daqui a uns anos voltaremos a fazer as pazes com o trigo, certo?), nem açúcar de cana. Poderíamos dizer que são a perfeição, caso isso existisse.

 

Fazem-se rapidamente e até têm margem para juntar uns ingredientes extra: uma raspa de laranja ou limão aqui, um sumo de maçã acolá. À exceção do óleo de coco, todos os ingredientes são baratos. Podem fazê-las mais finas, para uma sensação mais estaladiça (porém, nunca ficam estaladiças como as bolachas que levam açúcar de cana) ou mais altas, para uma experiência mais fofa.

Todas as medidas estão em chávenas (cups) pelo que podem usar uma chávena de chá, por exemplo, para medir tudo. Porém, nos supermercados ou lojas com artigos de cozinha, há uns medidores com estas medidas exatas. Vamos a isso?

Ingredientes (biológicos, se possível):

1 chávena +1/3 de farinha de aveia

2 chávenas de flocos de aveia

3/4 chávena de açúcar de coco

1/2 chávena de óleo de coco derretido

1 colheres de chá de fermento em pó

1 colher de chá de canela

Meia colher de chá de sal

2 ovos

3/4 chávena de pepitas de chocolate com 70% cacau (à venda nas casas a granel)

1/2 chávena de bebida vegetal (ou sumo de maçã, porque não?)

Raspa de laranja ou limão (opcional)

Como fazer:

Pré aqueçam o forno a 180º e preparem dois tabuleiros forrados com papel vegetal.

Numa taça juntem a farinha de aveia, os flocos, o açúcar de coco, o fermento, a canela e o sal. Noutra taça batam os 2 ovos, juntem o óleo de coco derretido e a bebida vegetal. Juntem o líquido ao resto, mexam bem, e deitem as pepitas de chocolate.

Com a ajuda de uma colher (e talvez de uma espátula de borracha) façam bolas achatadas com a massa, em cima do papel vegetal, até a massa acabar, e levem ao forno durante 20 minutos, mais coisa menos coisa. A ideia é ficar mole no centro e tostada nas pontas. Deixem arrefecer e comam todas de uma vez. Ou então guardem num frasco bem fechado.

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]]> https://amaezonia.com/2018/07/15/bolachas-de-aveia-deliciosas-encontramos-a-melhor-receita-palavra-de-honra/feed/ 0 Soluções para miúdos que só querem dormir na cama dos pais https://amaezonia.com/2018/07/11/solucoespara-miudos-que-so-querem-dormir-na-cama-dos-pais/ Wed, 11 Jul 2018 07:30:35 +0000 https://amaezonia.com/?p=4206 Dormir na cama dos pais é como adormecer numa nuvem - para os miúdos, claro. Para os pais é igual a rebolar num tapete de espinhos. A Rita fala-nos do assunto e apresenta-nos um novo livro da Booksmile "Posso dormir na vossa cama?"

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]]> 11Fotografia: Simon Matzinger

Texto: Rita

Há sempre aquela noite fatídica em que os filhos (um, dois ou mais – horror) vêm para a nossa cama. Se ainda não aconteceu acreditem que está para breve. Se o vosso filho tem 30 anos e não aconteceu até hoje, ok, tiveram mesmo sorte.

Mas nem todos temos a mesma estrelinha por isso existe neste mundo quem esteja sempre à procura de soluções desesperadas para este percalço. Durante a noite. Enquanto o resto do pessoal dorme. E às vezes de forma repetitiva. Sim, é verdade.

Depois há os que aceitam e toca a andar.

Então, longe (muuuuito longe) de ser especialista em sono, não quero dar dicas que vos possam induzir em erro, mas posso partilhar convosco uma série de truques que me vêem à cabeça. E há sempre uma de duas possibilidades: faz-se um teste para ver se resulta ou então ficamos só a saber que não estamos sozinho no mundo, o que, convenhamos, já não é nada mau.

Solução 1:

Ouve-se um barulho de noite. É o ursinho acompanhante do nosso filho a roçar nas paredes: eles vêm aí. Os dois: filho e peluche, não é difícil imaginar a dupla. Sem dizer nada esgueiram-se para a nossa cama. A cama é larga e por isso cabe toda a gente. Dormem mais quentinhos e está feito, parece fácil.

A partir daqui pode acontecer uma de duas situações:

  1. Toda a gente dorme profundamente (até o peluche) e portanto não há problema, é mesmo uma solução eficaz;
  2. O miúdo faz as posições todas de yoga incluindo a saudação ao sol enquanto dorme, destapa os restantes ocupantes da cama, dá pontapés, enfia dedos nos olhos e os cotovelos na cana do nariz dos pais, chega ao cúmulo de roubar as almofadas e de manhã temos vontade de ligar ao hospital psiquiátrico mais próximo para nos virem buscar porque a falta de sono deixa-nos a roçar a senilidade; 

Solução 2:

Os miúdos aparecem mas corta-se logo o mal pela raiz e diz-se que não pode ser. Neste caso temos de recambiá-los para o quarto e temos de contar com a hipótese de berreiro. Lamento dizer, mas é quase certo. A menos que se disponibilizem a ficar com eles no quarto até eles se sentirem seguros e voltarem a adormecer. Cada pai tem o seu estilo e cada criança tem a sua personalidade: há os que adormecem e há os que acordam de 5 em 5 minutos para terem a certeza que ainda estamos lá. Estão a ver, não é? Não preciso de dizer mais nada. Coragem. Pode demorar. A luz começa a aparecer devagarinho nas frestas das janelas. Ouve-se uma torneira a pingar. O som dos pássaros. Vou parar com isto.

Solução 3:

Arranjar um colchãozinho tripartido. Isto é discutível. Há quem diga muito mal deste colchãozinho. A vantagem é poder pô-lo no chão do quarto deles e ficarmos lá nós deitados ou levá-lo para o nosso quarto e dizer aos filhos que podem lá ficar, mas só se dormirem no colchãozinho. Versátil. Há o risco de o malfadado colchãozinho nos perseguir durante mais tempo do que gostaríamos, mas às vezes o desespero fala mais alto. E quando a sanidade mental familiar está em risco porque as noites são mais animadas que um concerto dos Rolling Stones, mais vale um colchão que uma família zombie, rabugenta e desmembrada. Raios divinos me partam.

Solução 4:

Dar de frosques. Eles vêm para o nosso quarto e nós, quando estamos saturados do excesso de pés e mãos que nos rodeiam o corpo na cama, vamos para o deles. Exactamente. Ou para o sofá. É uma imagem velha, parece demodé, mas para quem não dorme não há cá modas. Assim há espaço de sobra na cama para os que lá ficam e o terceiro elemento procura um canto onde possa fazer o descanso do guerreiro sem dedos alheios enfiados no nariz. Ninguém merece, não é? Mas pelo menos garantem-se ali umas quatro ou cinco horitas de sono que já ninguém nos pode roubar. É que no dia seguinte a vida continua, caramba.

Solução 5:

Ofereçam às crianças o livro “Posso Dormir na Vossa Cama?”, da Booksmile, que conta a história da Gabriela, uma menina que quer dormir na cama dos pais. O pai dela (como nós) tenta a todo o custo esquivar-se das tentativas insistentes da petiz e vai arranjando desculpas mas, como qualquer criança, ela é especialista em apresentar argumentos para defender a sua estratégia. É uma história divertida  para, como quem não quer a coisa, explicar aos miúdos que nós estamos FARTOS, F-A-R-T-I-N-H-O-S de não dormir em condições.O brasileiro Ilan Brenman, autor de “Até as Princesas dão puns”, e psicólogo de formação, é o responsável pela história e a portuguesa Jo Franco faz as ilustrações.

Preço: 12,69€
Editora: Booksmile

 

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]]> Dia da Mãe que não gosta de brincar (com bonecos) https://amaezonia.com/2018/07/04/dia-da-mae-que-nao-gosta-de-brincar-com-bonecos/ Wed, 04 Jul 2018 07:00:52 +0000 https://amaezonia.com/?p=4106 No Dia da Mãe recebi uma pulseira feita pela minha filha e uma frase que me deixou triste: "a minha mãe não gosta de brincar".

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]]> Fotografia: Daniel Cheung

Texto: Diana

No meu primeiro Dia da Mãe fiquei na cama até mais tarde com o meu marido e a minha filha de então 9 meses, sorridente e amorosa, no meio de vários papéis de embrulho. Recebi o meu perfume favorito e o livro “Coração de Mãe”, da Planeta Tangerina. Estava tão feliz com a minha estreia neste dia inventado para gastar dinheiro em flores (que não recebi).

No segundo dia da mãe recebi um marcador de livro com a foto da minha filha, feito na escola. E um livro comprado pelo meu marido. Usei o marcador com orgulho até o perder para sempre – e ainda não recuperei do desgosto.

Na terceira vez que comemorei o Dia da Mãe como mãe, recebi uma T-shirt pintada pela minha filha, na escola. Tem o meu retrato feito por ela, caracóis e tudo, cheio de cores. Usei-a para ir almoçar fora num restaurante cool marcado pelo meu marido.

Este ano tive direito a uma pulseira feita de contas de gesso e pintadas de azul, feita na escola. Não houve livros, nem restaurantes marcados, nem ficar na cama até mais tarde, mas tive direito a um lindo retrato pintado pela minha filha na parede da escola. Eu e todas as mães dos meninos. Cartolinas com os desenhos das mães, feitos por mãos pequeninas e frases a descrever-nos. “A minha mãe é linda”, “a minha mãe é querida”; “a minha mãe lê-me histórias”, “a minha mãe não gosta de brincar“. Assim, com estas palavras todas, logo a primeira frase do desenho: “A minha mãe não gosta de brincar”. De repente eu era a madrasta má da Disney no meio daquelas cartolinas cheias de coisas fofinhas.

O meu coração apertou-se, fiquei triste e depois indignada. Não (só) com a minha filha, mas com a escola que podia ter feito mais perguntas para que a minha descrição não incluísse aquilo. “A minha mãe não gosta de brincar comigo” é um pontapé nos queixos e uma rasteira durante a maratona que é a maternidade.

Não me senti culpada,mas injustiçada. Não gosto de brincar com bonecos, é verdade. Fingir diálogos e vozes não é para mim, embora nos meus tempos de criança tenha sido bastante boa na criação de histórias e vidas para as minhas duas Barbies. Hoje não tenho paciência, por favor deixem-me em paz. Dou quase tudo de mim à minha filha, mas aparentemente não chega. Faço trabalhos manuais, pinturas, leio e invento histórias, jogamos jogos, fazemos puzzles, vemos desenhos animados juntas – mas a gaja só se lembra que a mãe não gosta de brincar. COM BONECOS. Faltou essa parte, raios partam.

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